sexta-feira, dezembro 07, 2012

iguais.

Dormir junto. Conversar até amanhecer. Fugir do cotidiano. Dividir a ansiedade. Compartilhar a loucura. Vibrar no plural. Espalhar o foda-se em áreas diversas. Esquecer do passado. Salvar-me num cavalo branco. Andar a pé pelas quadras. Entender o seu choro compulsivo. Receber as minhas mãos. Construir um presente. Dizer que vai dar certo, mesmo quando parece que o mundo vai despencar. Admirar o cheiro do dia. Pedir pra eu ficar mais. Tirar a minha blusa, tirar a sua blusa. Sugar e beijar as bocas (de cima, de baixo). Deslizar a língua nos pentelhos, seios, virilhas. Morder as suas coxas pra escutar o seu gritinho no meu ouvido. Desejar uma paixão assumida de mistura de alma

quinta-feira, dezembro 06, 2012

...

O dia acordou nublado. Estava esvaziada. Você não saia da minha pele. Como uma espécie de dor, que mais fácil aceitar, do que nadar contra. Me atirei nas palavras, nas perguntas usuais. Poderia tentar descrever aqui, todos os pormenores que me caraterizava como uma mulher " ridícula e insegura". Mas tal discurso só faria sentido se tivesse olhos e a tua boca perto, a ponto de um suicídio. Me senti pequena dentro da sua imensidão. Você fazia parte de tudo que me rodeava. De forma, que se houvesse um corte, eu estaria á deriva. O amor me afogava, me tirava do centro. Tive medo de mim, da pouca coragem que restava. Do seu sorriso devastador, do cheiro da virilha, a carne macia. É tarde, o sol sendo engolido pelo mar.