quarta-feira, outubro 27, 2010
segunda-feira, outubro 25, 2010
Eu deveria falar dessa dor que se instaura dentro de um peito semi-preenchido. Da necessidade plena de andar descalça. De doar aos pés, os novos caminhos e areias intocadas. Gostaria de beijar a anarquia. Falar do meu egoísmo, do meu medo do correto e do receio da inércia emocional. Queria aceitar as partes estranhas de um todo quase vazio. Sentir a pele do meu dono, o cheiro ainda não saiu do corpo. Explicar que o suspiro vale mais que a certidão de casamento. Hoje, eu deveria pichar em todos os muros: o destino é o acaso de Deus.
sexta-feira, outubro 22, 2010
pequenas notas sobre a solidão
a
No Rio de Janeiro, ela está:
Em São Paulo, ela está:
No Rio de Janeiro, ela está:
( )Envergonhada;
( )Em cativeiro;
( )No mar gelado;
( )Disfarçada de Photoshop;
( )Em cativeiro;
( )No mar gelado;
( )Disfarçada de Photoshop;
Em São Paulo, ela está:
( )Perdida na falta de tempo.
( )Perdida na falta de espaço.
( ) Onde a garoa molha.
( )Presa num engarrafamento.
( )Perdida na falta de espaço.
( ) Onde a garoa molha.
( )Presa num engarrafamento.
quarta-feira, outubro 06, 2010
Me dá um abraço curto, enquanto impõe as regras. Fresco, rápido e com sotaque. Exige uma felicidade bronzeada. Apresento meu sorriso seco e amarelo. Ele coloca a minha mala no carro. Não me dá tempo para respirar a sua umidade. Aqui, o andar é descompromissado. Há um dicionário de nomes em placas azuis nas entradas das ruas. Eu não entendo de letras, a minha poesia é numerada.
Sou bicho do mato, da terra vermelha.
Meus olhos sugam essa paisagem misturada. Ela é velha, ela é nova. A minha carona fecha o vidro quando paramos no sinal vermelho. “É melhora assim. É preciso ter cuidado.” De frente, por trás da película, eu ainda encaro a sua face. E os sedutores braços abertos.
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